Meryl Baby

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

As opiniões de Meryl Streep (15)

           Fui educada para a vida, ou melhor, para ser um modelo de pessoa, coisa impossível, visto que ninguém é perfeito. Como já disse, anteriormente, sou da geração pós-guerra mas fui educada como se ainda estivéssemos em plena guerra. Meu pai era um homem sério e severo, com os filhos. E eu, por ser a mais velha de todos, obviamente coube a mim, a difícil tarefa de ser também, o bom exemplo, para meus irmãos. Minha mãe me explicava que ele havia ficado assim, "desde que soube das atrocidades de Hitler". Acho que ele temia que pudéssemos, um dia ser vítimas de algum outro autoritário. A verdade é que nunca cheguei a atingir a perfeição que ele esperava de mim. Por outro lado, meus irmãos nem reparavam nos meus acertos. E eu brigava com eles, revoltada de ser bom exemplo "para as paredes": éramos crianças, tudo que desejávamos era brincar... isto nos bastava. Mas o que aprendi, com meus pais, me preparou para a vida, me induziu, naturalmente, a fazer dela algo digno e sólido.  
           Tornei-me pensativa, reflexiva e, um belo dia, descobri que, dentro de mim, eu era absolutamente livre. Isto me conduziu a um pleno desenvolvimento do meu raciocínio. Transformei-me, assim, numa mulher extremamente crítica: por que quase tudo, a minha volta, funciona de forma incorreta? Isto me desagrada, me enjoa. Esta constância me causa até, uma certa irritação. Aprendi, teoricamente, o que é certo. É difícil, para mim, suportar o inverso da moeda.  Além do mais, sou vítima da intolerância das pessoas, quando reclamo daquilo que não suporto ver ou ouvir. Então, algumas vezes sou sarcástica, outras, irreverente... contudo, eu tinha uma natureza mansa. 
           Um dia, fiquei pasma quando li esta declaração...

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            " Eu não consigo tolerar a maioria das coisas que eu vejo."
                 ("I can't stand most things that I see.")
                                - Meryl Streep -
     

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            Acredito que isto tenha alguma coisa ver com a educação que Meryl recebeu. Seu pai era calmo, brincava com as crianças e, me parece, que tinha um carinho especial, pela filha. Como Meryl já nasceu atriz, provavelmente, foi uma criança brilhante. Ele também soube da barbárie que assolou a Eurásia... A meu ver, era um homem pacífico, paciente. Legou aos filhos os ensinamentos da paz universal, do amor ao próximo, os valores familiares e religiosos, os direitos humanos, considerou suas individualidades... Talvez esteja aí, a grande diferença: manter a individualidade intocável. E este Anjo da Terra cresceu assim, do jeito que é: adorável!
          Meryl discorda de muita coisa que vê. Eu também. Nem adianta enumerá-las porque são quase todas conhecidas, nos países  de todo mundo. É muito curiosa a similitude das nossas opiniões. Há de haver uma explicação para tudo isto. Por enquanto, o que importa realmente, é que somos pessoas de bem.  Graças a Deus.

Um comentário:

  1. Olá, boa noite Maria Luiza, gostei muito do que vc escreveu, aliás, até postei essa frase da Meryl no perfil do meu msn, eu tb não consigo tolerar muita coisa, é complicado, principalmente pela falta de educação e amor uns pelos outros. Apoiadíssimo! bjs

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