Meryl Baby

Meryl Baby

terça-feira, 31 de maio de 2011

Como ensinar sotaque à Meryl Streep?!...

           Vamos combinar! Que pretensão é esta de querer ensinar, à Meryl, o sotaque de Margaret Thatcher?! Mas que teimosia!... Quando foi que ela precisou que alguém lhe ensinasse isto? Sua sensibilidade alcança dimensões incríveis! Depois de tudo que demonstrou, em vários idiomas, quando filmou "A Escolha de Sofia"... de ganhar seu segundo Oscar... alguém ainda julga possível que ela precise de professor, para fazer isto? Estão querendo ensinar ao papa, a rezar missa! Tudo de que ela necessita é chegar, atingir a parte mais íntima da personalidade da pessoa... fazer a conexão, com a dela... e temos, novamente, outro show de interpretação, com direito a mais um show, à parte... de sotaque! Meryl sempre faz um trabalho completo. E perfeito! Tudo por causa da sua sensibilidade e da sua empatia. Ah, e do seu sublime Talento, claro!
          Cada vez que assisto Meryl atuando, descubro um novo detalhe, mais uma de suas multifacetas... A Arte de Meryl é infinita. Tem de tudo, bem variado... como uma cartola de mágico. Dos bons! Adoro isso, nela! Adoro ela!         
         Tenho certeza de que Meryl atingiu a perfeição, de sua própria perfeição, em "The Iron Lady"! É só uma questão de tempo. Quem tiver olhos de ver, verá. Deus a abençoe!




         No vídeo abaixo, Meryl demonstra a sua capacidade para captar os vários sotaques.



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Meryl Streep assume a sensibilidade de Thatcher.

         Diante da Lady de Ferro, de Streep...


      
         Em se tratando de Meryl Streep, não poderia ser de outra forma. Meryl é sublime. Leia.
    
         Desde que eu vi as primeiras imagens do retrato, da incrível Meryl Streep, como Margaret Thatcher, eu estive pensando: como foi que ela o tirou, partindo da voz?
        É estranho. Inicialmente, cerca de 20 segundos, eu pensei que o trailer estava usando a voz real, da ex-primeira-ministra. Mas não: tudo é Meryl.
       "Você está falando sobre a melhor atriz do mundo!..."



       ... explicou Damian Jones, que produziu A Dama de Ferro. "Ela fez isso por si mesma. Ela foi fazê-lo lá no fundo, da senhora Thatcher. E você tem que lembrar que a voz da verdadeira senhora Thatcher era diferente, antes que Reece Gordon fizesse a sua reforma, quando ela se tornou líder. Suas roupas, sua aparência e sua voz mudaram." Jones acrescentou: " Meryl teve que aprender o padrão de fala, que ela possuía e depois, mestre, como a voz se tornou. A voz foi encontrada no YouTube, e caracterizou, cada pedaço de material, falando como Thatcher." E a equipe de produção, encontrou as imagens de arquivo, de áudio e vídeo, a partir do final dos anos setenta, até quando ela renunciou ao Downing Street. Nós demos tudo para Meryl, que passou a trabalhar sobre ela. "Como eu disse na semana passada, Streep não imita Thatcher. Ao observar como ela estava e como se sentou... ela foi capaz de assumir as sensibilidades Thatcher."



           Meryl faz uma cena na Câmara dos Comuns, e é tão estranha, que ela tinha o elenco e a equipe comendo fora de suas mãos", continuou Jones. "A única coisa que ela não iria fazer era trabalhar com um consultor de dialeto. Ela acha inibição." No entanto, ela fez check in, com a voz, e o treinador Jill McCullough, que estava trabalhando com Alexandra Roach, que retrata Thatcher, quando era mais jovem. As duas atrizes tiveram que estar na mesma página.
          A Dama de Ferro, provisoriamente, deverá ser lançado em 06 de janeiro, do próximo ano. Certamente, pode ser mostrado em um ou dois festivais de cinema, mas a política de festival tem que ser decidida entre Pathe e Film4, os financiadores do filme, no Reino Unido, e Weinstein Co, o distribuidor nos EUA.     


          Cortesia do artigo do Daily Mail
          Postado por Frederic, em 20 de maio de 2011. 

domingo, 29 de maio de 2011

A emoção de Meryl Streep





           A emoção de Meryl é um tema inesgotável, para mim, porque é verdadeiro. Está visível nos seus olhos, no seu olhar, no seu sorriso, na sua voz, no seu carinho, na sua bondade, enfim, em todas as sensações que emanam dela. Por isto, sempre gosto de repassá-lo para me certificar do seu efeito. A emoção é uma de suas qualidades, que concedem a ela, o grandioso talento que possui, além do poderoso carisma que arrebanha, incontrolavelmente, novos grupos de adoradores. Por tudo isto, para mim, este tema é inesgotável. Não consigo parar de enfocá-lo. Na verdade, não quero.  É  apaixonante.  Verifique  isto  em  suas  personagens. Confira em suas entrevistas e discursos.                                                                
           Baseada em suas próprias escolhas, a vida de Meryl não tem fronteiras nem dispõe de guardiões para elas. Tampouco estabelece limites de forma deliberada. Para Meryl e sua emoção, o limite é um elemento intruso. Ele bloqueia o caminho dos fatos que foram, verdadeiramente, escolhidos por ela e, desta forma, ela não vive, plenamente, a sua emoção. Algumas situações exigem uma opção imediata, fato corriqueiro na vida de qualquer pessoa. E é, justamente aí, o limite a que me refiro: nem sempre ela pode optar por aquilo que seria, coincidentemente, a sua real escolha. São as famosas negociações às quais se refere, constantemente. Com certeza, existem momentos em que gostaria de jogar tudo para o alto, romper suas próprias barreiras, desamarrar-se, desprender-se delas, soltar-se toda, libertar completamente a sua emoção e permitir que seja ela quem a transporte, nos braços, pelas brumas silenciosas, dos seus sonhos.
          Por isso, acho monstruoso limitar a vida de Meryl, colocar freios em sua emoção, atrelá-la à disposição de causa e efeito. É desumano. É como podar os ramos mais tenros de um jasmineiro, onde estão os botões de suas flores, prestes a eclodirem, em beleza e perfume, anunciando a Primavera. É um pecado tão grande quanto cortar as asas de um anjo, que veio à Terra, com a missão de nos falar de Amor.
          Que a aurora matinal renove, por toda vida, as suas energias!...
                                                                   

sábado, 28 de maio de 2011

Meryl Streep... em alta!

           

            Precisei fazer umas compras, hoje, e decidi ir ao shopping, próximo a minha residência.
           Tenho por hábito passar pelas Lojas Americanas, onde posso verificar a cotação dos filmes de Meryl. Vou com a esperança de comprar outros DVDs dela que, por enquanto, ainda não possuo. Mas como os que não tenho são mais raros, acabo saindo de mãos vazias.
            Entretanto, estranhei o fato de não encontrar nenhum, pelos vários balcões, onde são colocados à venda. Afinal, alguns filmes de Meryl já foram vendidos por bagatelas. Isto me dava a impressão de estarem passando por um processo de massificação, como "O Diabo Veste Prada", que já vi, lá mesmo, por 12 reais!... Fiquei confusa, sem entender o que estava acontecendo... Pensei que estivessem em falta... ou estivessem tendo maior vendagem... De qualquer forma, não podia compreender o que acontecia, realmente.
            Foi aí que passei por outra vitrine, onde sempre colocam o filme clássico, o blockbuster... E lá estavam eles! "O Franco Atirador", "O Diabo Veste Prada" e "Simplesmente Complicado".








Mas por que estariam naquela vitrine?... E por que os três estavam distribuídos, dentro de três grandes caixas plásticas, transparentes, trancadas?... Não conseguia chegar a uma conclusão... até que vi os preços de cada um... e o meu queixo caiu! R$39,90... R$59,90... e R$79,90... respectivamente! Oh, meu Deus! Os filmes de Meryl, de três etapas distintas de sua carreira, estão à venda por uma nota preta!... Meryl está em alta!.. Aqui, no Brasil!...  Finalmente!... É tudo que sempre desejei!...
            A garota da caixa confirmou: "A Meryl Streep ficou muito importante! E agora, vai ficar mais ainda, por causa do filme que ela fez, a senhora não sabe? Ela fez a Margaret Thatcher! Dessa vez ela ganha o Oscar!" Você gosta dela?- perguntei. "E quem não gosta? Não tem melhor que ela, não!" Senti meus olhos ficando quentes e embassados... Então, recuei dois passos para que ela pudesse ver a minha camisa.






Ela abriu a boca, admirada, olhando para o meu peito, e disse: "A senhora  vende blusas da Meryl Streep?!" Respondi-lhe: Não. Ganhei esta lindeza, de presente. Meryl me faz muito bem. Eu só quero o bem dela. E fico muito feliz quando conheço jovens, como você, que já sabem escolher o que é melhor, o que tem real qualidade! Parabéns!
            Dei-lhe o endereço do blog e da comunidade. Ela ficou bem contente. E eu, claro, infinitamente mais ...  

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Meryl Streep, no "Friday Nigth" (5)

           Hoje, 27 de maio de 2011, comemoramos The Meryl Streep Day. Por ser assim, tão maravilhosa, para homenageá-la, a América do Norte transformou este dia, numa data especial, nos calendários dos seus milhões de amigos, por este mundo a fora. Que Deus abençoe a Meryl e lhe dê bastantes anos de vida, com muita saúde e felicidade, para que possa realizar, prazerosamente, todos os seus sonhos.
           A seguir, mais uma  parte da entrevista de Meryl, em Londres, no programa de Jonathan Ross, em 12/12/ 2008.




           Jonathan: Vamos falar agora sobre Mamma Mia.
           Meryl: "Sim..."
           J: Porque eu nunca assisti a peça de teatro, mas eu amava as músicas do Abba. E eu pensei ter entendido errado quando ouvi “Meryl Streep” porque não era o tipo de filme em que eu te associava. Achei incomum. Não sabia se você tinha sido cantora ou dançarina, se você já tinha feito algo deste tipo. Por que você quis fazer o filme? O que tem em Mamma Mia para ter feito você querer se envolver?
          M: "Bom, eu amei o musical. Eu vi o musical."
           J: Você viu em New York? Quando?
         M: "Logo quando estreou. Ele estreou em outubro de 2001 e nós tínhamos mudado para cidade em 09 de setembro de 2001 e, você sabe, dois dias depois, o World Trade Center foi atacado e todos estavam perturbados. Minha filha de 10 anos estava na escola e 7 parentes de amigos dela foram mortos no ataque, e todas as crianças estavam deprimidas.  E era o aniverário dela, e eu pensei: “o que vou fazer com estas crianças?”. Então eu li o jornal New York Times e lá dizia: Musical Britânico - Total Diversão! Então eu levei uma grande gangue de crianças lá e eles simplesmente, adoraram. No final, eles já estavam dançando e estavam tão felizes!... Mas não só as crianças, todos lá estavam fascinados por este musical, e eu pensei: Cara, este musical tem um grande poder. Existem poucas coisas que te fazem, realmente, se sentir bem, quando você sai delas..."
          J: E acho que as crianças nem eram familiarizadas com a música do ABBA.
          M: "Sim, eles não conheciam nada. Mas depois tivemos que comprar todos os CDs e ouvir as músicas mais e mais vezes, durantes os anos..."
          J: Eu vi o filme com a minha filha de 11 anos e ela também não conhecia nada do ABBA, e ela saiu do cinema adorando.
          M: "Ela adorou? Que legal!..."
          J: Sim, claro. Porque tem música e tem dança, e meninas... Eu fiquei meio perturbado de ver o James Bond cantando músicas do ABBA. Você tem Pierce Brosnan e ele não tem a melhor voz do ramo. Desculpe, mas tem que ser dito.
          M: "Oh, não, não, não, não, não!




           J: Ah, sim, sim, sim, sim, sim...
          M: "NÃO! Ele é fabuloso!"
           J: Eu acho que ele ...
          M: "Ele é um sonho. E ele parece uma mistura de Tom W. e John Cocker, sabe?"
          J: Ele parece Tom W. e John Cocker, depois de uma grande noitada. Não, eu amo o Pierce Brosnan, mas ele tem a pior voz do elenco.
          M: "Pára com isto! Não é verdade... não é verdade!
          J: Você sabe que é verdade. Você está sendo boazinha, mas sabe que ele não consegue carregar uma nota.
          M: "Não é!"




           J: ...mas vou ver com minha filha de novo. Bom, você já tinha cantado antes. Você gosta de cantar?
         M: "Bom, sempre estive em musicais, no colegial, e meu primeiro show, na Broadway, foi um musical."
            J: Qual era o musical?
           M: "Era o “Happy End” (1974), não era muito conhecido."
            J: Sim, não era Mamma Mia... (rs)
           M: (rs) "Sim, mas tem grandes canções. (Meryl canta.) Esta é uma música ótima."
            J: Não conheço ela, mas eu estou sentado, perto da Meryl Streep, que está cantando. Então não importa...(rs)
           M: "Sim, é uma ótima canção. Bom, era um musical. Mas aí eu me envolvi com outras coisas..."
            J: E acho que nós sabemos quais foram estas outras coisas.
           M: "Sim."




           J: Então vamos ver o clipe. Isto é Mamma Mia. Estreia no dia 10 de julho. Vamos dar uma olhada.
           (clipe do filme)
            J: Sim, é Mamma Mia. Estréia 10 de julho. Bom, isto foi filmado na Grécia.
           M: "Sim, foi lá no norte do Egeu..."
            J: E como você se sentiu? Por quase todo o filme, algumas partes não, mas na maioria, você está usando o macacão...
           M: "Sim, você não gosta?..."
            J: Não, é porque, para os homens, se eles estivessem usando aquilo, iriam se sentir incomodados.
           M: "Você tem que se decidir..."
            J: Tem...tipo republicanos ou democratas?  E por quanto tempo, do ano, vocês passaram na Grécia? Foi um longo tempo...
           M: "Sim..."
            J: E foi....olha só para aquilo (foto da Meryl. pulando na cama)...você estava com fios, ou é você mesma, pulando ali?
           M: !Não...não tinha fios. Eu não pensei nisto antes de fazer. Eu deveria ter pensado pq eu senti isto  no dia seguinte."
            J: E alguém se machucou durante as filmagens deste filme?
           M: "Ah...sim. A Julie (Rosie) se machucou, no Dancing Queen."
            J: Como se machucou?
           M: "Ela pisou numa pedra. Eles não limparam o caminho pelo qual estávamos dançando e é um lugar real, tem pedras e este tipo de coisas ...então, sim, ela se machucou, mas aguentou. Ela é durona."
             J: É feita de pedra.
            M: "É fantástica."
             J: Uma britânica.
            M: "Sim, ela é uma britânica. Ela não é uma bebezona, como os americanos..."




            Esta entrevista tem continuação.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

'Música do Coração', de Meryl Streep

           A primeira cena de "Música do Coração", é bem deprimente. Meryl está deitada numa cama toda desarrumada, em posição fetal, agarrada a uma tolha de banho. Seus olhos estão vazios.
          É a história verdadeira da professora de música, Roberta Guaspari, que ensinou a uma geração de jovens de um gueto, a tocar violino. Nesta cena inicial, ela pensa no marido que a deixou e na vida que deverá levar, dali para frente.


          
 Porém, antes disto, ela passou por um período muito difícil. Sua mãe, fora de cena, fala: Roberta, tens que sair desta cama. Desce e vem tomar um lanche. Vê-se, então, um leve retesar dos seus ombros, como se encolhesse, parecendo querer desaparecer, do tempo e do espaço em que se encontra. Meryl ainda não disse uma palavra mas já sabemos a profundidade da ferida desta mulher...
           Como é que ela faz isso? Como é possível numa indústria onde há tantos talentos, Meryl ser considerada um "gênero em si", como Dustin Hoffman referiu-se a ela, numa entrevista, ao Ladies's Home Journal (depois daquele monstruoso tapa, ele agora está tão bonzinho...). Muitas pessoas perguntam à Meryl o que significa 'um gênero em si', mas ela não sabe dizer. Ela responde que não tem um método de atuar. Uma vez falou: "Não sei o que acontece. E também não sei como outras pessoas o fazem. Vi o Robert De Niro escrever muitas coisas, nas margens do seu roteiro, mas não sei o que foi."
          Ela não sabe, porque não consegue se ver. Meryl é humilde, não assume a sua perfeição. Até hoje acha que o 3º Oscar não veio para suas mãos porque não deu o melhor de si, à personagem. Mas, na verdade, ela está muito acima do Oscar. Como eu costumo dizer, ela não depende mais dele: já é blockbuster. Ele sim, necessita dela para ter, ainda, uma certa importância, enquanto prêmio. Por sinal, neste ano de 2011, para mim, o Oscar não teve graça. A noite ficou vazia, sem alma. Pareceu-me o troféu Abacaxi, do Chacrinha...  Sem Meryl, a festa é como uma Primavera, completamente sem flores...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

As opiniões de Meryl Streep (9)

           Sentir... sentir... e sentir. É o que importa. Assim é Meryl. Sentimento puro. Desta maneira ela é única e senhora absoluta, em sua carreira. Nem de leve, eu chego a imaginar como possa ter sido a sua chegada ao mundo. Mas esta, com certeza, foi a sua primeira e grande atuação.


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           " I want to feel my life while I'm in it."
                                         -  Meryl Streep  -

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           Adoro pensar no modo como Meryl sente... tudo. Ela não tem tempo de analisar algo, qualquer coisa, para que daí derive um sentimento. Tudo nela acontece de imediato. Às vezes, eu acho até, que ela já veio predisposta ao impacto. Observo muito as suas reações. Equacionalmente, ela é um binômio perfeito: razão+emoção = reação. Mas tudo isso acontece numa fração de segundo. Não há preparação, não há controle. É sempre tudo à flor da pele. A razão sofre abalos, sob o impacto da emoção. E é com esse tipo de emocional que ela atua divinamente. Ela precisa desta abertura para sentir. O sentir é necessário em sua vida. Meryl exala muita emoção. Por isso ela é solta, sem limites. Não dá para se delimitar este tipo de espaço. Ele é, por si só, infinito. Sua alma é um pássaro canoro, vivendo numa gaiola... de porta sempre aberta. Quando a emoção é muito forte, ele cresce tanto que precisa sair, voar para bem alto, agitar suas plumas, espargir, no ar, o perfume que sorveu, do néctar das flores... e voltar para o seu refúgio, aliviado, mas sempre predisposto a outro impacto.
           Meryl merece sentir cada minuto de sua vida. E peço a Deus que ela seja bem longa porque, assim, ela que é transbordante de sentimento e emoção, se conservará inteira, viva, para a alegria de todos que a amam e aprendem tanto, com ela.   

terça-feira, 24 de maio de 2011

Meryl Streep, por De Niro


            Meryl é mesmo uma pessoa muito querida pelos colegas de profissão. Basta assistir os vídeos das noites em que recebeu seus vários prêmios. Quando se ouve seu nome, todos aplaudem, de pé, e seus rostos se iluminam, em sorrisos. A proporção que ela vai discursando, as gargalhadas se espalham pelo espaço. Todos ficam na expectativa do que dirá, porque será diversão, na certa...
            É o que diz um de seus maiores amigos, o ator Robert De Niro: "As mulheres muito bonitas são inibidas pela própria beleza e não se permitem ter personalidade. Mas quando uma mulher é bonita e, ainda por cima, tem personalidade, como é o caso de Meryl, então é maravilhoso. Ela tem muita sensibilidade e também sabe ser espirituosa, no momento certo. Ela tem muita consciência de si própria, de quanto é agradável e divertida. Está sempre ocupada em fazer as pessoas rirem."

           Ele sabe o que diz. A beleza, na maioria das vezes, trava a personalidade. E sem esta, a beleza fica meio vazia, como aquelas obras barrocas, sem conteúdo, desenxabidas, desmagnetizadas. A personalidade é o recheio da individualidade. Sem ela, nada feito.
           No caso de Meryl, trata-se de um somatório de cinco importantíssimas parcelas: beleza, personalidade, sensibilidade, inteligência, graça: Maravilhosa!
           Definitivamente, Meryl é um fenômeno feminino. Profissão, família, amizade, tudo que diga respeito a ela, torna-se simples, bonito, feliz. É uma mistura pura, perfeita, que gera uma personalidade brilhante. Esta é Meryl. E que Deus a conserve, por muitos anos, assim.





segunda-feira, 23 de maio de 2011

A avó querida de Meryl Streep

           São tantas semelhanças que a distância chega a doer...
          As netas, quando têm afinidade com as avós, formam laços fortíssimos. Minha avó era, também, minha madrinha. Com ela aprendi muitas coisas importantes. A principal foi amar fortemente e com constância. Entre nós duas havia uma relação total, de Amor e Carinho. Além disto, também aprendi a ouvir, a preservar a minha imagem, a respeitar as individualidades, a sonhar... Ela era uma mulher pequena, com um coração eternamente jovem, mas era um gigante de sabedoria.
          A avó de Meryl era uma pessoa muito especial. Ela sempre se refere a sua avó com muito Amor. "Ela era incrível, por causa do seu espírito. Ela transmitia juventude, através de um rosto muito, muito ancião. Ela foi minha primeira professora de atuação porque me ensinou que há alguém nas personagens, que é diferente do que se vê, porque se vê assim. Mas nelas há um mistério, e isto sempre me fascina. Fazer uma personagem me dá a oportunidade de apresentá-la de uma maneira, que faz você tomar uma decisão sobre ela ou, talvez, abrir uma pequena porta e ver algo diferente do seu julgamento. Porque é isto que eu mais gosto. É o que eu mais amo, assim, quando vejo filmes e peças de teatro, porque sou uma pessoa extremamente julgadora e crítica. Sinto-me como...(olhando fixamente para a frente) sento como... (em expectativa) um desses... (e fecha a fisionomia: críticos). E amo quando meu coração é quebrado... ou uma porta se abre... Minha cabeça muda. Encantam-me estas coisas... Huuum!..."
          A reação espontânea, de Meryl, é sempre adorável!...



domingo, 22 de maio de 2011

O referencial é Meryl Streep.





           Como costumo dizer, há uma enorme diferença entre optar e escolher. Estas palavras não são sinônimas: optar vem de fora e escolher vem de dentro.
           Optar implica em defrontar-se com dois ou mais caminhos que deverão ser trilhados, invariavelmente, sem escapatória, no sentido continuar. Há uma silenciosa determinação, quase imposição. Se não, é parada. É isto ou isto. É um caminho reto, de muros altos. É delimitar. Optar é apenas pensar... e ir.
           Escolher é livre arbítrio, é busca, é pensar no que realmente quer, e invadir o seu próprio desejo.  É sair em busca  do tesouro, cavando a terra com as próprias mãos. É querer, é estar solto, sem amarras ou cobranças, é sentir que precisa de algo maior, mais forte, imprescindível. É seguir em frente, em busca daquele ideal que complementa, que vai tornar inteiro o que é lacuna. Escolher é só aquilo. É liberdade, é espaço aberto, sem muros, sem fronteiras. É voar. E sempre na direção que desejar. É o encontro do prazer. É realização.
           Meryl é busca. É vontade. É seguir em frente. É estar solta. É espaço sem limite. É desejar. É voar. É atirar-se, com ímpeto, ao encontro do prazer... e atingir a sua meta. É tocar naquilo que direcionou o seu desejo.   Meryl é só Escolha.  Só.   









sábado, 21 de maio de 2011

Meryl Streep, no "Friday Night" (4)

           Continuando, eis a 3° parte da entrevista de Meryl, por Jonathan Ross, em 12 de agosto de 2008. 
         



           Jonathan: Vamos falar agora sobre Mamma Mia.
          Meryl: "Sim..."
          J: Porque eu nunca assisti a peça de teatro, mas eu amava as músicas do Abba. E eu pensei ter entendido errado quando ouvi “Meryl Streep” porque não era o tipo de filme a que eu te associava. Achei incomum. Não sabia se você tinha sido cantora ou dançarina, se você já tinha feito algo deste tipo. Por que você quis fazer o filme? O que tem em Mamma Mia para ter feito você querer se envolver?
         M: "Bom, eu amei o musical. Eu vi o musical."
          J: Você viu em New York? Quando?
         M: "Logo quando estreou. Ele estreou em outubro de 2001 e nós tínhamos mudado para cidade, em 09 de setembro de 2001 e, você sabe, 2 dias depois o World Trade Center foi atacado e todos estavam perturbados. Minha filha, de 10 anos, estava na escola e 7 parentes de amigos dela foram mortos no ataque e todas as crianças estavam deprimidas e era o aniversário dela. E eu pensei: “o que vou fazer com estas crianças?”. Então eu li o jornal New York Times e lá dizia “Novo Musical Britânico: Total Diversão”, então eu levei uma grande gangue de crianças lá e eles simplesmente... No final, eles já estavam dançando e estavam tão felizes! Mas não só as crianças, todos lá estavam fascinados por este musical, e eu pensei “Cara, este musical tem um grande poder. Existem poucas coisas que te fazem realmente se sentir bem quando você sai delas..."
         J: E acho que as crianças nem eram familiarizadas com a música do ABBA.
        M: "Sim, eles não conheciam nada. Mas depois tivemos que comprar todos os CDs e ouvir as músicas mais e mais vezes, durantes os anos..." 


         J: Eu vi o filme com a minha filha de 11 anos, e ela também não conhecia nada do ABBA e ela saiu do cinema adorando.
        M: "Ela adorou? Que legal..."
        J: Sim, claro, porque tem música, tem dança e meninas... Eu fiquei meio perturbado de ver o James Bond cantando músicas do ABBA. Você tem Pierce Brosnan e ele não tem a melhor voz do ramo. Desculpe, mas tem que ser dito.
       M: "Oh, não, não, não, não, não ( Meryl faz aquela carinha de injustiça)
        J: Ah, sim, sim, sim, sim, sim...
       M: "NÃO. Ele é fabuloso!"
        J: Eu acho que ele ...
       M: "Ele é um sonho. E ele parece uma mistura de Tom W. e John Cocker, sabe?"
       J: Ele parece Tom W. e John Cocker, depois de uma grande noitada. Não, eu amo o Pierce Brosnan, mas ele tem a pior voz do elenco.
       M: "Pára com isto! Não é verdade! Não é verdade!"
       J: Você sabe que é verdade. Você está sendo boazinha, mas sabe que ele não consegue carregar uma nota.
       M: "Não é."
   
       Esta entrevista continua. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Conheça Meryl Streep!



           Quando decidi conhecer melhor, a Meryl, já sabia, de antemão, como seria difícil. Mas tenho uma característica, bem pessoal, de buscar, incessantemente, respostas para as minhas interrogações, de quebrar as dúvidas que, por qualquer razão, surjam pelo meu caminho. Aliás, não gosto desta palavra, dúvida: é provocante e trabalhosa. Mas é sedutora. E acaba me envolvendo, assim como o mar, que vem até a praia e nos arrasta, porque quer nos tragar.
             Portanto,  é sempre um desafio elucidar uma questão qualquer. E, se você pretende conhecer a Meryl, nunca, jamais pergunte a ela: Quem é você?... Ela lhe responderá: " Quem me conhece, não tem que me perguntar isto. E quem não me conhece, não vai encontrar uma resposta, em três minutos." Você vai ter que usar toda sua sensibilidade, sua perspicácia... e muito carinho. Meryl é um enorme coração. Sua história é pautada pelo Amor.
             É o que sempre digo: quem quiser conhecê-la, trate de aprender a senti-la!... E você vai adorar  o que você vai apreender...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Meryl Streep, no "Friday Night" (3)

           Aqui está a continuação da entrevista  feita por Jonathan Ross, em 12 de agosto de 2008.







           
           Jonathan: Quais as suas performances que você mais gosta? Não sei se você assiste seus filmes de novo...
           Meryl: Eu não...
           J: Quais você acha que foram melhores?...
          M: "Bem, eu amo todas. Mas é difícil até lembrar de todos os filmes da minha vida. Eu lembro onde meus filhos foram concebidos, cada lugar, onde moramos, e a família, onde as crianças estudaram. Eu lembro de diferentes tipos de coisas, que as outras pessoas, quando assisto os filmes."
          J: Então você não consegue separar ...
          M: "Minha vida do meu trabalho? Não...." (risos)
         J: Nossa, mas isso é bom. É como ter uma expansiva escolha de “filmes caseiros”. Você tem Robert Redford aqui, um Jack Nicholson aqui. Falando no Jack, ele é um ator que eu admiro. Você trabalhou com ele algumas vezes, não é?
         M: "Duas vezes."
        J: Ele é ótimo na tela. E a química entre vocês dois. Como foi trabalhar com ele? Quais são suas lembranças de ter trabalhado com o Jack?
        M: "Eu simplesmente me lembro de rir a toda hora. Ele é totalmente engraçado e tira todo mundo do sério. Mas fizemos o filme Heartburn, e eu tinha acabado de gravar o Out Of Africa, e voltei para casa. E eu estava grávida (da Grace) quando gravei o Heartburn. Eu passava muito mal. Eu olho para aquele filme agora e penso “o filme não é verde”, mas eu estava “verde” durante boa parte do filme. Mas ele foi tão ótimo e tão divertido!...
        J: Mas quando ele trabalha com uma co-star atraente, ele tende a .....
       M: "Querido, ele nunca teve nenhuma chance de me pegar..."
        J: (rindo)...além disso, você tinha enjôos matinais...
       M: "Sim..."(risos)
        J: Gente, esta é a Meryl com o Robert Redford em Out Of Africa. (clip do filme: Meryl, Robert... e uma leoa!)
       M: "Aqueles leões eram todos da Califórnia. Foram importados."
        J: Eram leões de Hollywood.
       M: "Trazidos para a cidade."
        J: Eram treinados?
       M: "Sim, supostamente. Mas meu querido amigo Sidney Pollack, que dirigiu este filme, que morreu recentemente... eu sempre contei uma história sobre ele, que é absolutamente verdadeira: a última cena que gravamos do Out Of Africa foi dentro da cidade africana, numa área rodeada de arbustos, e tinha gado lá. E tinha uma leoa... e tinha eu. E aquela leoa estava presa numa corda, mas estava tão perto e eles estavam com medo. A equipe teve que sentar no topo dos carros e a única pessoa no chão era eu. Mas não importava o que eu fizesse, se desse chicotada nesta leoa, ela ficava..." (Meryl imita, com graça, a leoa com sono, achando tudo um enorme tédio...) "Ela não se movia, não fazia nada. Então o Sidney ficou maluco, fora de si porque este era o nosso último dia de filmagem e nós tínhamos que gravar, e ele disse para o seu assistente “corte a corda”. E na última cena, quando eu dou uma chicotada na leoa, ela foi... "( fofa demais, a Meryl imitando o rugido da leoa!...) "Ela realmente correu atrás de mim e eu fiquei... (Meryl grita, relembrando, o susto...) "e ela me olhou e foi embora. Então o filme acabou, eu entrei num avião e voltei para New York."
        J: Mas que fabulosa aventura...
       M: "Sim. Estou tão feliz de estar aqui para contar!... 

      ( ...E todos nós, que adoramos a Meryl, estamos mais felizes ainda porque ela está viva... )

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Os pais de Meryl Streep

            Se Meryl é como é , naturalmente, é fruto de um grande amor.
           Primeira da prole, e mulher, ela sempre diz que, com eles, aprendeu tudo, inclusive, a representar a alegria, a tristeza, a brigar, a cantar, a ajudar a quem precisa... Que bom que eles  compreenderam e respeitaram a sua individualidade. Eles não sabiam, mas estavam construindo as bases estruturais de  uma futura grande mulher. Que bom que eles sempre lhe deram apoio e acreditaram nela. Eles sentiram que tinham, em mãos, um diamante do mais alto quilate, e trataram logo de sua lapidação. Desta forma, transformaram-na neste valiosíssimo brilhante.
           Isto é o que se chama de química perfeita.  E nós agradecemos a Deus, por ter lhe dado estes pais. Somos gratos, também,  por tudo que fizeram por Meryl, para que ela seja hoje, exatamente assim, do jeito que é: sublime.
          Que Deus dê a este casal, que gerou e educou a maravilhosa Meryl Streep, um descanso pleno de Luz e de Paz.  

     
         - In Memoriam -                         
                                          
     Harry William Streep Junior 
       *03/10/1910   +22/07/2003
     Mary Louise Streep
       *30/07/1915   +29/09/2001

terça-feira, 17 de maio de 2011

Meryl Streep e o prêmio "Rodolfo Valentino"





            No ano passado, no dia 4 de julho de 2010, Meryl recebeu o prêmio "Rodolfo Valentino", pela carreira, na Sardenha, uma linda ilha italiana.


           Ao entrar no palco, diante de seleta plateia, Meryl foi simpaticamente entrevistada, para a alegria dos presentes. Vestida de verde, com aquele seu jeito descontraído e bem à vontade, foi logo dizendo: "Io amo Italia, primo."(levantando o indicador, da mão direita). Contou a todos os presentes, que passou alguns dias lá, em lua de mel, (Don, que a acompanhava, concordou, num movimento de cabeça) numa barraca de camping. Houve algumas atrações interessantes, para alegrar o evento, como um jovem e pândego mágico, que fez um montão de gracinhas que divertiram muito a Meryl. Ela até chorou um pouquinho, de tanto rir...  





Outra atração: Gloria Gaynor. Ela cantou um sucesso, de 1967, de autoria de Frank Valli,  "Can't Take My Eyes Off You".  Sucesso cantado, recantado, regravado e tal.
            Aí, abaixo, neste emoticon que eu adoro, você poderá ver Meryl, quando cantava, da plateia, acompanhando a Gloria...

    
            Olhe só que adorável, cantando bem o pedacinho... "Let me love you..."
            Na verdade, ela está "cantuando"... Que maravilhosa! Até cantando, ela atua!... Linda!

"Can't Take My Eyes Off You"


You're just too good to be true           
Can't take my eyes of of you               
You'd be like heaven to touch
I want to hold you so much
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive
You're just too good to be true
Can't take my eyes of of you
Pardon the way that I stare
There's nothing else to compare
The thought of you leaves me weak
There are no words left to speak
So if you feel like I feel
Please let me know that it's real
You're just too good to be true
Can't take my eyes of of you
I love you baby and if it's quite all right
I need you baby to warm the lonely nights
I love you baby, trust in me when I say
I love you baby, don't bring me down I pray
I love you baby, now that I've found you stay
And let me love you baby, let me love you...


                Tradução


"Não Posso Tirar Meus Olhos de Você" 
                     
Você é bom demais pra ser verdade
Eu não posso tirar meus olhos de você
Você é como tocar o paraíso
Eu quero muito abraçar você
Enquanto finalmente o amor vem chegando
E eu agradeço a Deus por estar viva
Você é bom demais pra ser verdade
Eu não posso tirar meus olhos de você
Perdoe o jeito que eu te encaro
Não há nada igual para comparar
Um suspiro seu me deixa bamba
Não há mais palavras a dizer
Então se você sente o que eu sinto
Por favor, me permita saber que é real
Você é bom demais pra ser verdade
Eu não posso tirar meus olhos de você
Eu te amo, baby, e se isso estiver certo
Eu preciso de você, baby, pra esquecer as noites solitárias
Eu te amo, baby, acredite em mim quando eu digo
Eu te amo, baby, eu rezo pra você não me deixar mal
Eu te amo, baby, agora que eu te encontrei, fique
E me deixe te amar, baby, deixa eu te amar

          Meryl sing: "Let me love you..." Oh my God! She's gorgeous!


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Conhecendo Meryl Streep...



           Andam oferecendo oportunidade de se ganhar dinheiro, a quem possua um blog. Mas não pretendo misturar Real (R$) com o que é real, para mim. Meu blog não tem este objetivo. O que eu sempre quis, ele me dá: o imenso prazer de falar de Meryl Streep, por quem tenho grande estima e profunda admiração. Ele é muito singelo... é um, entre milhões... mas é para ela. Só para ela. Abi imo corde.





            Desde pequena, sou muito observadora. E ouvinte. Acontece que também sou empática... Sinto na minha pele, as alegrias e as tristezas das pessoas. Choro baldes, quando assisto filmes. Não gosto de ver Meryl chorando, entrelaçada com a sua personagem: sei que ela sofre, de verdade. Sofre porque é muito sensível... e empática. Meryl sempre fala do poder da Empatia, para compreendermos e ajudarmos as pessoas que precisam. Também penso assim. Mas, às vezes, a empatia dói...
            Sem que eu pretenda, a empatia me conduz ao fundo da alma de alguém. Tenho restrições, quanto a isto: não acho correto invadir a sua intimidade assim... Quero conhecer, a Meryl, sempre mais, para compreendê-la bem. Por isto analiso muito suas emoções, sua personalidade, hábitos, costumes, opiniões, fatos de sua vida, suas reações, a forma como se comunica, sem falar... enfim, tudo sobre ela. Mas não acho digno, da minha parte, vislumbrar os seus mistérios. Tenho assimilado muito... e o seu olhar diz tanta coisa... Se for mesmo verdade, que os olhos são o espelho da alma, podem acreditar: a alma dela é linda... e é perfumada!




            Mais uma vez, peço a Deus que a abençoe e lhe dê muitos anos de vida, plenos de felicidade.

domingo, 15 de maio de 2011

A Unidade Meryl Streep





          A vida de Meryl é uma enorme teia de renda, linda, muito linda... daquelas rendas guipure, maravilhosas. São quase sessenta e dois anos gravados em sua memória e na daqueles sortudos amigos, que com ela vêm convivendo, acompanhando-a, percorrendo com ela, sua fantástica estrada de Cultura e Amor... muito Amor!
          Mas o maior número de fatos de sua hitória não chega até nós, porque desde cedo, ela decidiu fechar a sua vida particular e dar aos seus filhos o direito de se desenvolverem como todas as outras crianças... de serem, simplesmente, crianças. Paralelamente, sua carreira como atriz, entretanto, é como um show pirotécnico, bela e iluminada, uma deslumbrante apoteose.
        Não quero dizer, com isto, que Meryl viva duas vidas, separadamente. Trata-se de uma desconexão puramente material, uma instância necessária porque, na realidade, conforme sempre declara, ela não aparta sua Vida da sua Arte. Sinceramente, isto até seria um crime, porque nunca mais suas futuras personagens teriam a chance e a graça de conservar, para sempre, como as anteriores,  um pouquinho da sua alma perfumada. Assim, no final das filmagens, elas voltariam, simplesmente, a fazer parte de uma folha de papel, daquele roteiro... sem alma.
          Meryl é um ser humano integral. Não consigo vê-la como se fosse duas. Tampouco consigo imaginar a atriz separada da mulher. Está intrínseco nela. Seria como parti-la ao meio. Gosto de enfocá-la e compreendê-la, mas faço questão de fazê-lo, na sua mais absoluta Unidade.



sábado, 14 de maio de 2011

As opiniões de Meryl Streep (8)

         Como costumo dizer, apesar de autêntica, acho a personalidade de Meryl, um tanto complexa. Jamais no sentido psicológico, e sim, pela miríade de pensamentos, sentimentos, conhecimentos, que fervem dentro dela.
         Quando filmou "A Escolha de Sofia", Meryl foi indicada para o Oscar, para  o Globo de Ouro e para o prêmio do New York Film Critics, e ganhou os três. Nesta ocasião, com um sorriso matreiro, declarou:


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         " Como não sou louca, agradeço também aos críticos, que foram severos no meu julgamento. "
                                                        - Meryl Streep -






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         A sua autenticidade chegou ao ápice, neste dia. Outra pessoa dificilmente teria dito isto, mas não Meryl. Mesmo no início da carreira, nada embotou a sua sensatez. Por outro lado, atravessou, de peito aberto, o campo de batalha da Crítica tendo em mãos, como única arma, o seu personalíssimo Talento. Desta forma, neutralizou o negativo, desde o início de sua brilhante trajetória.
         Mas, analisemos bem. Ficou claro também que Meryl já possuía uma visão, a longo prazo, a respeito do seu futuro. Afinal, ela é uma pessoa bem alegre, e assim... otimista; mas ela sabe que, às vezes, algumas coisas são ditas e feitas... mas são falsas, não são reais. Então, se habituou a desconfiar dos fatos, sem provas comprobatórias, até mesmo daqueles que, a ela se referem, sempre preferindo a verdade, ainda que pudesse abalar a sua própria imagem. Posso citar alguns elogios que seus colegas fizeram a ela no AFI, de 2004, e que Meryl, ao fazer seu discurso de agradecimento, demonstrou que não estava muito certa de tudo aquilo que foi dito, a seu respeito, achando até que alguns poderiam ter falado coisas que não sentiam, realmente. Mas tudo que disse o fez com a mesma carinha matreira, de sempre. E levou os convidados ao delírio, divertindo-os com suas inteligentes "tiradas".




          Esta Meryl, de hoje, é a mesma, embora seja enorme a sua bagagem de vida. A sua complexidade consiste  numa série de verdades, que aceita... sem nelas acreditar, completamente.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Meryl Streep, no "Friday Night" (2)

            Esta é segunda parte da entrevista, com Meryl, por Jonathan Ross, em 12/12/2008.






           Jonathan: Quais são os atores com quem vc já trabalhou que você se lembra de ter se divertido mais? Alguns dos seus pares?


          Meryl: "Ah, meu Deus..."
          J: Vimos um filme tremendamente maravilhoso, recentemente, o Kramer Vs Kramer. Como foi trabalhar com o Dustin naquele filme?
         M: "Foi bom. E foi estranho pq numa das primeiras cenas, quando eu estou indo embora, e nós estávamos gravando a cena e eu (na personagem) estava devidamente aborrecida, arrumando as minhas coisas e andando pelo corredor de entrada do apartamento. E ele me olhou e me deu um tapa na cara, o mais forte que ele podia dar."
          J: Quem? O Dustin?
         M: "É, o Dustin."
          J: Mas o quê...
        M: "Sim, e vc pode ver no filme. Tem uma grande marca de mão no meu rosto. Eu fiquei tão chocada, mas isto me fez ter o sentimento certo, por ele, sobre o filme."
         J: Mas ele fez isto de propósito ou...
        M: "Ele fez isto quando as câmeras não estavam filmando e depois gravamos...."
         J: Pensei que tivesse ligado a câmera exatamente na hora de te bater...
        M: "Ele teria sido processado, meu querido...Ele estaria nos tribunais!"
        J: Bom, nós não temos a imagem dele te batendo, mas temos um clipe desta cena. Acho que foi um trabalho fabuloso. Uma grande atuação de vocês dois. Aqui uma cena de Kramer Vs Kramer:
         (Cena da mala, que ele arranca da mão dela - aquele bruto...)
        J: Lá está a marca no seu rosto...
       M: "A marca. Pois é. E por falar nisto, ele sempre nega que isto aconteceu."
       J: Mas vc gostou dele ter te batido, porque ajudou na atuação, ou você poderia ter atuado, sem ter que...            (Bem engraçado, este Jonathan...)
       M: "Se eu gostei? Não! Eu achei que poderia ter atuado por mim mesma, sem ter..."
       J: Então você já perdoou ele?
      M: "Ah, foi uma daquelas coisas estranhas. Você não sabe o que vai acontecer nos encontros, com pessoas que são muito profundas, quando você está trabalhando. Pessoas revelam coisas, sabe? Mas tudo está perdoado. Eu amo ele e acho que ele é um ator maravilhoso. Mas como eu fiquei brava naquele dia!..." 
      J: Aposto que você ficou... 
      (fim da primeira parte da entrevista) 


               "Pessoas profundas... Pessoas revelam coisas, sabe?"  (Meryl Streep)
       Pobrezinha, que maldade. Meryl é mesmo um amor de pessoa... Ela olha para os outros,  comovidamente, como aconselha aos jovens... Ela é mesmo adorável. Que Deus a abençoe.